Agabecês (1808-1772 AEC) e seu
filho Egisto
Agabecês orgulhava-se de ser descendente
de Ágabo, o primeiro rei sistarte. Seu casamento com
a filha de de Mimos teve segundas intensões, só
expostas após a morte do sogro: Agabecês desejava
restaurar a linhagem real agabau.
Mimos fora um rei extramamente respeitado, e Agabecês
desejava o mesmo para si. Para tanto, deseja realizar alguma
proeza militar, tal como foi a retomada de Javal, por Mimos.
Porém, Agabecês era mais sofisticado que o rústico
Mimos. Estabeleceu para si cantores, e promovia a escrita de
épicos. Ficou estupefato com a comitiva da longínqua
Libros, que se recebera em 1797 AEC. Passou a admirar as proezas
da navegação de Libros e um ano depois selou uma
aliança com este povo.
Agabecês ainda promoveu a fundação de uma
imitação da "Casa do Pensamento" de
Libros, a mesma que Aduneius (de Meirol e a Pedra Sácer)
quase dois séculos depois se tornaria membro. Este foi
um período em que a erudição começou
a aparecer entre os sistartes.
Porém, digna de maior menção
é campanha para subjugar os bárbaros clãs
do Flúvis. Agabecês já estava idoso, e se
rendeu aos constantes pedidos do filho Egisto para que ele ficasse
reinando em Sistarte, e que o enviasse como comandante das forças
sistartes que seriam enviadas à aresta (encontro dos
rios Flúvis e Silivrens).
A luta contra os clãs do Flúvis
não seria fácil, e Agabecês o sabia muito
bem. Temia ter que pagar um preço muito alto para conquistar
o coração dos líderes militares: a vida
de Egisto. Por isso, Agabecês instruiu Egisto a ser inteligente
e, se perceber que a dominação seria muito difícil,
que negociasse a submisão destes clãs.
E foi isso que aconteceu. De 1791 até meados de 1783
AEC o numeroso, mas não tão decidido exército
sistarte penava para dominar os homens da aresta. Foi em 1782
AEC que Egisto viajou, em pessoa, até Libros e solicitou
ajuda pelo rio. Mas os homens de Libros desconheciam o largo
rio que descrevia Egisto (o Silivrens), e não se lançaram
numa aventura ao desconhecido.
Foi então que o governante de Abratena,
primo do rei de Libros, e sua bela filha, foram vistos por Egisto.
A bem tratada moça era de bela figura, e Egisto de imediato
a desejou. Mas naquele momento, uma guerra estava sendo travada,
e outros assuntos o chamaram, e ele foi-se de volta para a aresta.
Egisto, sem a ajuda de Libros, resolveu fazer
um acordo com os já exaustos e famintos clãs do
Flúvis, conforme conselho de seu pai. A guerra que perdurava
por 8 anos esfriou o ímpeto guerreiro dos nativos e estes
já previam sua derrocada, assassinatos em massa dos homens
e escravização de mulheres e crianças.
Quando receberam convite de negociar sua rendição,
e notaram que os termos não eram, de certa forma, ruins,
aceitaram pagar tributo aos sistartes. Tornou-se também
obrigação de tais o serviço militar, quando
solicitado pelos sistartes. Porém, os clãs do
Flúvis estavam em situação mais segura,
pois os povos sob domínio sistartes ficaram proibidos
de assediá-los e povos das margens do Silivrens (tribos
silvas) passaram a temer enfrentá-los e atrair para si
a ira do grande império sistarte.
Em 1780 AEC Egisto pede a mão da donzela
filha do governante de Abratena. Uma grande festa se dá
em solo sistarte, com muitos ilustres homens de libros presentes.
No mesmo ano, porém, o pai da moça descobre que
Egisto já era casado, e considera uma ofensa a toda casa
de Abratena sua filha ser uma segunda esposa de alguém.
Anula o casamento e pede sua filha de volta. Egisto se nega
e Agabecês é informado que os homens de Libros
começam a ancorar embarcações perto da
nascente do rio Ribamenos. Sabendo que se tratava de uma guerra
a fim de resgatar a moça abratena, Agabecês ordena
um ataque àqueles homens de Libros. inicia a guerra libro-sistarte.
Alguns mestres de Libros se encontravam em teritório
sistarte, mas não foram molestados (mesmo assim, foram
impedidos de regressar à terra natal).
A guerra continuava, longe dos territórios
sistarte e de Libros, e ninguém prevalecia sobre o inimigo,
até que uma epidemia surgiu nos campos de batalha, e
acometeu Egisto, que antes de morrer infectou o pai e ambos
morreram, em 1772 AEC.