Vilzafe (1579-1566
AEC)
Doutrinado pelo pai, Vilzafe mantinha
acesa a vontade de subjugar os homens de Libros.
Ocorria que nesses dias, a casa moranina
em seus estudos fluviais adquiriu mais informações
sobre o Silivrens, e em 1577 AEC envia detalhes de suas
pesquisas, entrevistas e até um possível
curso do rio para a casa do pensamento(a primeira) de
Libros. Como os silvos ainda não viam com bons
olhos quem navegava vindo do oeste, alguns moraninos
foram à Libros e com a permissão do rei
Antanimos, um moranino, eles fazem uma expedição
ao Silivrens, que sofre um revés e se perde no
oceano. Uma pequena embarcação integrante
da expedição conseguiu voltar e relatou
sobre uma tempestade no mar.
Seus parentes que viviam em sistarte,
porém, já haviam aguçado a curiosidade
de Antanimos. Nos últimos tempos os homens de
Libros tem se voltado muito mais para estudos e descobertas,
que para a luta. Desse modo, saudado por homens importantes,
Antanimos organizou uma expedição real
para estudar o curso do Silivrens, desconhecido de Libros
e de Sistarte.
Enquanto preparava sua expedição,
Antanimos enviou mensageiros até Sistarte (que
foram pelo ribamenos) para entregá-lo uma carta
real de Libros que avisaria o monarca sistarte Vilzafe
da expedição pelo Silivrens e pretendia
terminar dizendo o seguinte: "Atracaremos no olho
d´água do Silivrens, se o rio for navegável
até seu território".
O redator da mensagem real escreveu:
"Atacaremos no olho d´água
do Silivrens, se o rio for navegável até
seu território". Vilzafe, ao receber a mensagem,
chamou os mensageiros de Libros a parte, e questionou
sobre o que é um olho d´água(pois
os sistartes não eram habituados à navegação,
e não conheciam tais termos da língua
comum, que originou-se em libros). Depois perguntou
por quê Libros atacaria, mas avisara antes! Claro
que os mensageiros não sabiam do que o rei falava
e explicaram que sabiam a respeito de uma mensagem que
falava sobre "atracar" no Silivrens, não
"atacar"!
Sabendo do mal entendido, e desejando
se aproveitar dele para subjugar Libros, o rei ordenou
que seus guardas enforcassem toda a comitiva do mensageiro,
depois mandou envenenar os dois guardas que estavam
no aposento real e ouviram a verdade sobre o assunto.
Logo, ele apresentou a mensagem a seus generais, que,
enraivecidos pela suposta ameaça, pediram permissão
para atacar.
A guerra não era aguardada por Libros. Abratena
não pôde oferecer muita resistência
e Libros suportou um cerco por 15 dias, até que
capitulou diante dos sistartes. Homens de conhecimento
de Libros se tornaram servos reais em Sistarte. Mulheres
foram levadas como concubinas e escravas e guerreiros,
os que não morreram na luta, foram condenados
a uma vida de escravidão.
Claro que o grande rei sistarte Vilzafe
estava interessado não em colonizar a região,
mas tomar as riquezas materiais e intelectuais de um
povo diplomático que pouco já se procupava
com guerras. Por isso, vilarejos sem importância
não foram notados, e Libros voltava a crescer,
sem poder centralizado, sem ser notada.
Dois anos depois da derrubada de Libros,
iniciava-se a construção da nova biblioteca
real, para conter todos os rolos da antiga casa do pensamento
de Libros. Foi na inauguração dela que
Vilzafe lembrou dos belos trabalhos de entalhe dos reinos
da Planície Dourada, do conhecimento do devastado
povo de Libros e da força de trabalho dos homens
das tribos ao leste (os silvos), bem como das habilidades
marciais dos rechaçados invasores. E qual era
a habilidade dos sistartes? "E tu, ó império
sistarte, dominas a arte de dominar". Dizendo isso,
Vilzafe cunhou uma das mais famosas frases do mundo.